22 dezembro 2011

Reencontro



Apenas mais uma chamada a ser atendida. Nada que pudesse mudar seu dia por um todo, ou de repente fazer-lhe feliz. Conversas com pessoas desconhecidas, tornando-se algo comum com certa frequência. Mas quem diria que um desconhecido poderia lhe informar sobre alguém que conhecesse? Ninguém fazia idéia do quanto esperava por este momento. Não parecia admirar-se ao não conhecer o local para onde partiria com rapidez, afinal, não era grande conhecedora de parte da cidade onde vivia. Apressou-se ao máximo. Chegara ao local, e mesmo sem saber por onde começar sua procura resolveu persistir. Adentrou receosa. Observou atentamente o recinto, e tirou suas conclusões.
– Pode me informar onde encontro Fredderick Altenburg? – questionou a alguém que lhe parecia ser a recepcionista. Esperou calmamente por uma resposta. Foi levada até uma porta à qual se recostou, esperando por maiores explicações.
– Seja rápida. – Nada mais lhe disseram. Apenas uma porta fora entreaberta para que pudesse seguir em frente. Entrou, e observou calmamente o local.
– Claire, há quanto tempo não a vejo.
– Fredderick? – Chocou-se imediatamente. Tubos e aparelhos aos quais desconhecia estavam ao redor do corpo de seu querido amigo. – O que fazes aqui?
– Não posso falar demais. Só venha aqui, e dê-me um abraço, por favor. – Andou em sua direção, e abraçou-o, com tamanha força que poderia quebrar-lhe alguma coisa.  Sorriu para ele, um tanto envergonhada. – Sempre a considerei como uma filha. Não se esqueças de mim.
Ela cambaleou, em direção à porta, agora que podia notar a presença de uma enfermeira. Perguntou a ela o que havia acontecido a ele. Mas não obteve uma resposta. Uma sirene incomodativa soava. Empurraram-na para fora do quarto. Olhou por fora, todo o aglomerado de médicos a ajudar Fredderick. Virou as costas, e soube ali, que perdera mais uma vez seu pai.

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